Olá

Eu acredito que você espera que eu diga que desde pequena amava bichos porque todo veterinário fala isso. Bem, não sou diferente. Eu amava mesmo.

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Desde pequena eu gostava muito de ciências e isso facilitava porque eu tinha um professor que chegava antes do horário da aula para fazer desenhos fantásticos no quadro. Eram desenhos do corpo humano, dos sistemas, órgãos, das plantas, dos animais. A sala toda soltava um lamento quando ele tinha que apagar para dar continuidade na aula. Na época, não usávamos celulares para tirar foto, então não tenho como comprovar a história. Mas acredite em mim, eram desenhos quase que profissionais.

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Os desenhos, o ensino dele e a própria afinidade pela criação de Deus fez eu me apaixonar cada vez mais pela matéria e quando eu cheguei no ensino médio, já cheguei empolgada para estudar biologia. O professor não era lá essas simpatias todas mas eu continuava a amar a matéria.

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Voltando um pouco no tempo, eu assistia demais ao Animal Planet. Achava incrível cada espécie de animal, os habitats, as curiosidades, as comparações dos animais. Eu lembro até hoje da voz dos apresentadores: aquela voz de dublagem duvidável.

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Tive duas cadelas salsichas e as duas foram nomeadas de Fofinha (não me julgue, eu era criança demais e minha mãe não me impediu). Descobri que as salsichas são muito inteligentes, ágeis e divertidas. Uma delas aprendeu a brincar de manja esconde e viramos melhores amigas. Tive também um cocker spaniel chamado Fofucho (é, eu sei) mas com ele não tive tanta proximidade. A memória mais ávida que tenho foi quando ele derrubou o varal de roupas da minha mãe e de alguma forma acabou com a cueca do meu pai atravessada pelo corpo, como se ele fosse um presidente ou um grande imperador. Foi hilário.

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Quando tinha nove anos, em uma viagem para Margarita com minha mãe e vó, nadei segurando na barbatana de um golfinho e recebi um beijo-bafo de uma foca gigante. Já mergulhei duas vezes no oceano e vi muitos peixes e duas arraias. Meu coração derreteu. Hoje tenho o sonho de nadar com tubarões-martelo e a famosa baleia-jubarte.

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Falando em mar, quando estava no ensino médio o que eu queria era ser bióloga marinha. Como moro em Manaus, isso não foi possível. Assim, prestei vestibular para biologia na UEA (Universidade Estadual do Amazonas) e passei. 

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Foi aquela alegria de começo mas depois que me matriculei e comecei as aulas, odiei cada segundo. Não me entenda mal, a biologia é linda. Passei minha vida toda amando aquilo. Mas eu gostava dos bichos e não das plantas. Amava tocar os bichos, mexer, ter interação com eles e não apenas observar e estudar o habitat. Pelo menos, era isso que eles ensinavam na faculdade. 

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Eu queria ver os ossos, tecidos, sistemas, tudo aquilo que me fez apaixonar no começo. Mal eu sabia que, em outras palavras, eu gostava da medicina. Lembrei da tal da faculdade de medicina veterinária e tive a coragem de largar a de biologia (trancar pra que se não gostei?) e mergulhar de cabeça na medvet.

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Assim que comecei, me encontrei imediatamente e achava incrível o nome de cada matéria: anatomia, fisiologia, semiologia, genética, cirurgia e por aí vai. Me dediquei como nunca havia me dedicado na escola e minhas notas faziam jus ao meu esforço.

 

Por muito tempo me apaixonei pelos cavalos tanto que fui fazer estágio na Cavalaria da Polícia Militar e no Jockey Club de São Paulo. Também fui chamada para dar estudos no GEQUI (grupo de estudos de equinos). Foi um tempo muito precioso. Meu TCC também foi sobre equinos.

 

Fiz estágios em clínicas de pequenos e também fiz o estágio supervisionado numa clínica de felinos. Também foram tempos bons, aprendi muito e apanhei muito.​

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Assim que me formei fui morar fora do Brasil por dois anos mas isso é pano para outro post. E quando voltei, a veterinária fez parte de novo da minha vida. 

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Hoje atuo atendendo em domicílio oferecendo os serviços que você viu na página principal. Prefiro mil vezes o domicílio do que atuar em clínica e consultório. Gosto da conexão de estar com as famílias e promover conforto e praticidade para o tutor e o pet. 

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Nesse ano, estou com várias ideias e planos para a veterinária e espero que você faça parte disso. O mundo não para, a medicina evolui e com isso, temos que aproveitar a oportunidade e promover o melhor para os pets.

 

A medicina veterinária e o mundo pet nunca estiveram tão em alta como nos dias de hoje.

E eu quero fazer parte de tudo isso.

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